domingo, 28 de fevereiro de 2010

De volta a 64!

Por Willian Luiz da Conceição, acadêmico de História e militante do PSOL Joinville

A medida da Prefeitura Municipal de Joinville de proibir manifestações populares, no tradicional desfile de 9 de março, aniversário de 159 anos da cidade representa a volta de uma história de contradições incontestáveis com a conjuntura que vive a cidade. Será que voltamos a 64?

Há quase 46 anos o Brasil era tomado de assalto pelo regime autoritário implantado em 31 de março de 1964 pelas Forças Armadas, juntamente com forças políticas de oposição ao governo de João Goulart.

Diversas medidas foram tomadas no período em nome da segurança nacional contra inimigos como o comunismo. Entre estas medidas foram institucionalizadas a cassação de direitos políticos, o fim do direito de defesa e qualquer tipo de manifestações foram criminalizadas e reprimidas.

Assim se estabelecia a tortura e a censura está ultima proibiu toda e qualquer exibição em território nacional de filmes, reportagens, fotos, transmissão de rádio e televisão, que mostrassem atos que poderiam ser compreendidos como de oposição ao regime.

Estudantes, intelectuais, populares e artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e o próprio Lula foram presos acusados de subversão.

A censura foi um dos mecanismos de coação, repressão do livre pensamento e da liberdade. Carlito também afirma ter lutado contra a ditadura! Estranho é que, após a incapacidade do governo de Carlito Merss (PT) de dialogar com a população e com movimentos sociais da cidade temas como transporte coletivo e moradia ele se utilize das armas que sempre se opôs.

Lembremo-nos que o Partido dos Trabalhadores nasceu do combate ao autoritarismo, na luta pela democracia ampla e irrestrita. Infelizmente as contradições do PT lançam na lata do lixo seu histórico de luta.

A censura é um dos rostos da covardia, avessa a democracia que fez surgir o PT, os movimentos sociais conteporâneos. Infelizmente o PT abandonou a bandeira da democracia tudo a custa do poder a qualquer custo.

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