segunda-feira, 30 de abril de 2012

Luiz Henrique defende interesses de doadores de campanha


Na semana passada, em uma manobra da bancada ruralista, a Câmara dos Deputados aprovou o texto final do novo Código Florestal Brasileiro. O documento, que ainda precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff, defende os interesses dos donos do agronegócio e dá anistia aos grandes desmatadores que há décadas vem destruindo as florestas brasileiras. Além disso, vários dispositivos que garantiam a preservação da mata nativa foram ignorados pelos deputados.
Um dos principais entusiastas do novo Código Florestal, o senador Luiz Henrique (PMDB) foi relator do projeto no Senado. Quando ainda era governador, LHS conseguiu aprovar algo parecido em Santa Catarina, permitindo que a Assembleia Legislativa aprove leis que contrariam a legislação federal, em uma manobra que mais uma vez beneficiou grandes empresários dos ramos madeireiro, carbonífero e celulose. A prova da ligação do senador com esses grupos é a prestação de contas da eleição de 2010.
Na lista disponível no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), é possível conferir que, somente a Votorantin, doou R$ 500 mil para a campanha de LHS. Ainda há empresas carboníferas, de celulose e uma madeireira. A maioria dos deputados catarinenses que votaram a favor do Código Florestal também receberam dinheiro de empresas empresas desses ramos durante a campanha de 2010.

Confira a lista dos deputados catarinenses que votaram favor do Código Florestal:

PMDB
Celso Maldaner
Edinho Bez
Mauro Mariani
Rogério Mendonça
Ronaldo Benedet
Valdir Colatto
Onofre Agostini
PP
Esperidião Amin
João Pizzolatti
PPS
Carmem Zanotto
PSD
Jorge Boeira
PSDB
Marco Tebaldi
Jorginho Mello

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Confira o programa do PSOL na TV

Esse é o programa partidário do PSOL que foi ao ar na noite de hoje, em toda rede nacional, às 20 horas. 






PSOL entra com representação contra senador Demóstenes Torres

Está marcada para o dia 8 de maio a reunião do Conselho de Ética do Senado que vai decidir se inicia o processo contra o senador Demóstenes Torres (sem partido) por quebra de decoro parlamentar em um suposto envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A representação contra o senador foi feita pelo PSOL.
Caso os senadores aprovem o início do processo, Demóstenes será investigado. Se for punido, o parlamentar poderá ter seu mandato cassado. O relator do caso é o senador Humberto Costa (PT-PE).

Justiça mantém ex-vereador Marcucci inelegível

A Justiça Eleitoral negou o pedido do ex-vereador e ex-delegado de polícia civil Marco Aurélio Marcucci, que pretendia reaver seus direitos políticos e concorrer novamente ao cargo de vereador neste ano. 

Atualmente no PRB, Marcucci foi indiciado pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e coação quando ainda era vereador pelo PSDB, em 2006. Chegou a ficar preso durante um ano e quatro meses, foi condenado, perdeu a reeleição, entrou para o rol dos políticos "ficha-suja" e, finalmente, foi exonerado da Polícia civil no ano passado. 

Passado tantos escândalos, Marcucci trocou o PSDB pelo PRB e virou base de sustentação do governo Carlito Merss (PT). Carlito, inclusive, quer o apoio do PRB, que Marcucci preside, para sua candidatura a reeleição. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

PSOL e MP denunciam Tebaldi

O Ministério Público Eleitoral entrou com uma representação contra o deputado federal e pré-candidato à Prefeitura, Marco Tebaldi (PSDB), por propaganda eleitoral antecipada. A denúncia foi feita pelo PSOL de Joinville na última sexta-feira (20). De acordo com o presidente do partido socialista, Leonel Camasão, que também é um dos pré-candidatos a prefeito, a denúncia só foi feita após a declaração da pré-candidatura do tucano porque antes disso ela não seria considerada propaganda. Para ele, a punição para esse tipo de situação serve para evitar que isso ocorra no futuro, e que as regras eleitorais sejam cumpridas. Fonte: Portal Joinville

Luiz Henrique da Silveira é mais uma vez absolvido no TSE

Como já era de se esperar, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e o deputado estadual Gilmar Knaesel (PSDB) foram absolvidos pelo Tribunal Superior Eleitoral na noite de ontem, 24, da acusação de repasse irregular de verba em época de campanha eleitoral, quando os dois ocupavam cargos públicos no governo de Santa Catarina.

Essa não é a primeira vez que o homem forte do PMDB de Santa Catarina sai ileso de um julgamento. Em 2009, quando ainda era governador, LHS escapou da cassação pelo mesmo TSE. Na época, a acusação era de que Luiz Henrique havia cometido abuso de poder e usado irregularmente os meios de comunicação. Por coincidência ou não, a votação foi a mesma, 6 a 1 em favor senador. Outra semelhança entre os dois episódios é que o TSE acompanhou a decisão do TRE de Santa Catarina, que também absolveu LHS.

No ano passado, o jornal o Estado de São Paulo divulgou um procedimento do Supremo Tribunal Federal que esconde o nome de políticos investigados pela corte. Como as iniciais são reveladas, o jornal apurou que um desses nomes é justamente de Luiz Henrique. A justificativa do STF é de que essa prática é utilizada para proteger investigações que poderiam correr em segredo de justiça.

Mas nem tudo são flores para o lado de LHS. No início deste mês, o empresário e autor do livro “A descentralização no banco dos réus” – censurado pela justiça – foi absolvido da acusação de extorsão, feita por dois ex-secretários do governo do Estado, Ivo Carminatti e Armando Hess. Os dois teriam armado um esquema para acusar Nei de extorsão. O livro escancara denúncias de improbidade contra LHS na época da campanha publicitária em 2006.

Nesta quinta-feira, 26 de abril, tem PSOL na TV e no rádio

Nesta quinta-feira, 26 de abril, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) exibe seu programa partidário semestral em cadeia nacional de rádio e televisão. A propaganda tem duração de cinco minutos e será veiculada às 20 horas no rádio e às 20h30min na televisão.
 
Apesar de ter apenas cinco minutos, o programa do PSOL vai ser um retrato do que está acontecendo no país, vai mostrar que o PSOL é o único partido com base parlamentar que tem autonomia e independência de fato para ir a fundo nas investigações e lutar por uma CPI pra valer, que é o partido que combate as mudanças no Código Florestal, que combate a homofobia e qualquer tipo de preconceito.
 
O PSOL também vai mostrar que tem propostas para as eleições de 2012 e por isso desponta em várias cidades como uma alternativa de esquerda e programática para as disputas.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Senador Luiz Henrique pode ser julgado ainda esta semana no TSE

Senador pode ter mandato cassado se for condenado
(Foto: divulgação/Agência Senado)

O julgamento do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e do deputado estadual Gilmar Knaesel (PSDB) no Tribunal Superior Eleitoral pode acontecer esta semana. O processo entra em pauta hoje, dia 24, mas a análise pode ser adiada para quarta-feira.

O Ministério Público Eleitoral acusa os dois de repasse de verba irregular entre janeiro e março de 2010, período eleitoral, quando LHS ocupava o cargo de governador e Knaesel era secretário estadual. Em Santa Catarina, os réus foram absolvidos no Tribunal Regional Eleitoral. Mas o Ministério Público recorreu da decisão e levou o caso ao TSE. Se condenados, eles podem ter seus mandatos cassados.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Greve dos professores da rede estadual inicia em Santa Catarina


Professores decidem por greve em assembleia. 
(Foto: divulgação/Sinte)

A greve dos professores da rede estadual de ensino – segunda em um ano - iniciou oficialmente hoje, dia 23, em todo o Estado. Até o momento, foram realizadas assembleias em 31 cidades. A expectativa do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Santa Catarina) é de que até quarta-feira 50% das escolas estejam paradas. Segundo dados da entidade, somente na região da Grande Florianópolis a adesão chega a 50%. A principal reivindicação dos professores é de que o governo do Estado aplique imediatamente o piso salarial nacional em toda a carreira.

Em Joinville, cerca de 45 professores participaram hoje pela manhã da assembleia que deu início à paralisação na cidade. Durante a tarde, os líderes do movimento fizeram visitas nas escolas para convocar os professores. A diretoria do sindicato acredita que a greve deve ganhar mais corpo até quarta-feira.

Alunos da escola estadual João Colin, bairro Itaum, realizaram uma manifestação em apoio aos professores. Os estudantes, que também reivindicam algumas garantias próprias, afirmam que vão continuar nas ruas fazendo coro junto com os grevistas.

Enquanto isso, em mais uma atitude antidemocrática, o governo do Estado já se manifestou por meio de nota oficial afirmando que não vai negociar com os professores enquanto as aulas não voltarem ao normal. O secretário de Educação, Eduardo Deschamps, ainda anunciou que os diretores – cargos comissionados nomeados pelo governador – que participarem da greve serão exonerados e os professores terão os dias descontados na folha de pagamento.


Marcelo Freixo discute modelo de cidade

O deputado estadual e pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo PSOL, Marcelo Freixo, fala sobre os principais problemas de um modelo de cidade voltada para o lucro.


Deputado do PSOL cobra novo relatório do Código Florestal


O deputado Ivan Valente continua cobrando o parecer da nova versão do relatório do deputado Paulo Piau ao projeto de reforma do Código Florestal Brasileiro (PL 1876/1999), que teve novamente sua entrega adiada. A previsão da Presidência da Câmara é de que o PL seja apreciado esta semana, no plenário da Casa.
No entanto, o deputado Ivan Valente avisou que se o parecer não for entregue previamente, em tempo hábil para que seja analisado pelos parlamentares, não haverá votação.
Segundo o relator, o texto está praticamente pronto, mas ainda permanecem divergências com o governo sobre três pontos – a utilização de vegetações litorâneas, o comércio de plantas nativas e a consolidação das áreas de preservação permanente (APPs) – , que quer detalhar no próprio corpo da nova lei as atividades produtivas que podem ser desenvolvidas nesses biomas.
“Após a votação da matéria no Senado, a discussão voltou à Câmara. E nós tínhamos um prazo. O setor ruralista da Casa está pressionando desde o começo do ano para votar o Código Florestal. Só que eu quero cobrar do presidente Marco Maia coerência sobre suas declarações”, afirmou Ivan Valente.
Para o deputado, o texto do Senado é ruim, e os ruralistas da Câmara querem piorá-lo ainda mais. “Esse setor quer, aqui na Câmara, piorar ainda mais a matéria que veio do Senado Federal, ampliando a anistia, permitindo atividades nas áreas de preservação permanente, propondo a não recuperação das áreas de reserva legal, tentando passar para os Estados todo o sistema de fiscalização e de controle, porque lá eles vão pressionar Governadores, Assembleias Legislativas e órgãos estaduais”.
Deputado quer agilidade no processo

sábado, 21 de abril de 2012

Representação do PSOL contra Tebaldi é protocolada na Justiça Eleitoral

A representação do PSOL contra o deputado federal Marco Tebaldi, (PSDB) foi protocolada na tarde dessa sexta-feira, na Justiça Eleitoral de Joinville. O diretório municipal do PSDB e o Conselho das Associações de Moradores do Município de Joinville (Comam) também estão entre os representados. Todos eles são acusados de promover propaganda eleitoral antecipada em favor de Tebaldi. 

Na ação, o PSOL pontua quatro ações que caractarizariam a propaganda eleitoral. A primeira delas, cometida por Tebaldi, foram as mensagens via outdoor espalhadas pela cidade no aniversário de Joinville. "Existem diversos acórdãos no TRE que entendem este tipo de prática como propaganda antecipada", argumenta o presidente do PSOL, Leonel Camasão. 

O segundo caso seriam os adesivos de uma campanha intitulada "Volta Tebaldi", patrocinados pelo Comam. Já o diretório do PSDB supostamente distribuiu convites com a logomarca do partido e o número 45 abertamente para a população, supostamente convidando a sociedade para debater o plano de governo tucano. O convite também foi replicado em redes sociais.


Uma cópia dos documentos também foi entregue ao Ministério Público Eleitoral, para que tome providencias.
Leonel Camasão concede entrevista ao Portal Joinville



quinta-feira, 19 de abril de 2012

PSOL vai representar contra Tebaldi por propaganda eleitoral antecipada

Adesivos do "Volta Tebaldi" são um dos objetos da ação 
O Diretório Municipal do PSOL vai entrar com uma representação contra o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB) por ações de propaganda eleitoral antecipada. A ação será protocolada nesta sexta-feira, 20 de abril, no juizado da 76ª Zona Eleitoral, no Fórum de Joinville, às 15 horas.

A ação não atinge apenas o pré-candidato do PSDB a prefeitura de Joinville. Entre os representados, estão também o diretório municipal do PSDB e o Conselho das Associações de Moradores do Município de Joinville (Comam).

Nas 16 páginas do documento, o PSOL pretende comprovar ações que considera irregulares e que caracterizam a campanha eleitoral fora de época. A representação traz fotos de outdoors, adesivos em veículos, reproduções de propaganda em redes sociais e em meios impressos.

Segundo o presidente do PSOL, Leonel Camasão, os três representados promoveram publicidade irregular do pré-candidato Marco Tebaldi. "A igualdade de condições entre os candidatos é um dos preceitos mais valiosos da Lei Eleitoral. Fazer campanha antecipada atenta contra esta igualdade", opina.

Decisão ocorreu após anúncio

Boa parte das ações que caracterizam a campanha irregular ocorreram antes do anúncio oficial feito por Tebaldi de qùe é o pré-candidato do PSDB à prefeitura de Joinville. "Seria inviável fazer a representação antes do anúncio, já que ele poderia alegar não ser pré-candidato. Como ele oficializou a pré-candidatura, acreditamos que estas ações se tornam válidas, e que precisa haver uma punição", afirma Camasão.

Políticos que promovem propaganda eleitoral antecipada podem levar multas entre R$ 5 mil e R$ 25 mil.
 

sábado, 14 de abril de 2012

Audiências públicas discutem Áreas de Expansão Urbana

Discussão é sobre o meio ambiente relacionado às áreas rurais de Joinville – Foto: Mauro Artur Schlieck / Divulgação
Foto: Mauro Artur Schlieck / Divulgação Portal Joinville
Iniciaram na quinta-feira (12), no plenário da Câmara de Vereadores, as audiências públicas sobre as áreas ambientais no projeto de Lei Complementar 13/2012, originado nas comissões de Legislação e de Urbanismo da Câmara, que, se aprovado, delimitará as Áreas de Expansão Urbana Residencial e Industrial, bem como garantirá a proteção e a preservação dos mangues situados na faixa leste do município, que margeia a Baía da Babitonga.

O projeto propõe modificação em trechos de três das mais importantes leis do município: a Lei Complementar nº 261/08 (Plano Diretor), a Lei Complementar nº 318/10 (Macrozoneamento) e a Lei Complementar nº 312/10 (Consolidação das Leis de Uso e Ocupação do Solo). O PLC 13/2012, mexe com a Área Rural de Transição Residencial “Rio do Braço” e Área Rural de Transição Industrial “Sul”, região onde ficará o campus da Universidade Federal de Santa Catarina e a fábrica da GM, reconhecendo-as como, na verdade, Áreas de Expansão Urbana. 

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O primeiro debate foi sobre áreas rurais de transição (ART), área rural de utilização controlada das planícies costeiras (Aruc) e áreas rurais de proteção dos mangues (ARPA). O Conselho de Meio Ambiente (Condema) também aprovou uma moção sobre as ARTS onde é sugerido que se mantenha o mínimo de 2,5 mil metros quadrados e taxa de ocupação de 20%.

No dia 19, a audiência pública será sobre a proposta de transformar a área rural de transição industrial da região sul em área rural de expansão urbana. Será no plenário da Câmara de Vereadores, às 19h30.

A discussão da proposta de modificar a área rural de transição residencial do Rio do Braço para uma área rural de expansão urbana residencial será no dia 24, na Comunidade Evangélica Ressurreição, na Estrada da Ilha, às 19h30. 

No dia 3 de maio, é o debate final do texto da Lei Complementar 13/2012 e será realizado no plenário da Câmara de Vereadores, a partir da 19h30.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Maioria do STF vota por interrupção de gravidez de fetos anencéfalos

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Universidade Livre Feminista

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, nesta quinta-feira 12, a interrupção da gravidez em casos de fetos anencéfalos (sem parte do cérebro) no Brasil. O julgamento da ação, proposta pela pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), foi interrompido na véspera e retomado na tarde do dia seguinte. Coube ao ministro Carlos Ayres Britto dar o sexto o voto favorável à ação, que garantiu às mulheres o direito de interromper voluntariamente o parto quando a condição do feto é detectada. A ação que pedia a descriminalização de abortos nessas circunstâncias teve oito votos favoráveis e só dois contrários, expostos por Ricardo Lewandowski e pelo presidente da Corte, Cezar Peluso.
Ao declarar seu voto, que definiu o julgamento, Ayres Britto apontou contradições na Constituição por considerar o aborto como crime sem contextualizar claramente o conceito de vida. “É estranho criminalizar o aborto, a interrupção voluntária do parto, se não há definição do que é a vida humana. Sobre o início da vida, a Constituição é de um silêncio de morte”, declarou.
Durante sua fala, ele lembrou os riscos para a gestante ao levar em diante a gravidez: “Essa mulher pode sofrer de patologias maternas como a hipertensão, que leva essas mães a percorrerem uma gravidez de risco elevado. Levar às últimas conseqüências esse martírio contra a vida de uma mulher é uma tortura, um tratamento cruel. Se os homens engravidassem a interrupção seria lícita desde sempre”.
Ayres Britto também deixou claro que essa é uma decisão exclusiva da mulher. Caso algumas gestantes optem por não interromper a gestação, este também será um direito assegurado. Para ele, o incorreto é criminalizar aquelas que não desejam manter a gestação.
Gilmar Mendes também foi favorável à descriminalização do aborto de anencéfalos. Porém, propôs que o Ministério da Saúde crie normas para regular o procedimento. “Sugiro que o Ministério da Saúde assegure serviços de saúde qualificados para as gestantes que resolvam manter ou interromper a gravidez de fetos anencéfalos. A decisão deverá emanar do STF que imponha às autoridades competentes do Ministério da Saúde a obrigação de editar normas de organização e procedimento que garantam segurança exigida [às gestantes]”, declarou.
O ministro sugeriu ainda que, para fazer o aborto, a mulher precisará de dois laudos médicos distintos que comprovem a anencefalia do feto. “Com o avanço das técnicas de diagnósticos se tornou comum descobrir a anencefalia fetal”. Assim como os outros ministros favoráveis à ação, Gilmar Mendes acredita que “não é tolerável que se imponha à mulher tamanho ônus [a gestação de fetos anencéfalos] na falta de um modelo jurisdicional adequado”.

Polêmica
Sugerida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, a ação chegou no STF em 2004 e, desde então, causa polêmica e debates principalmente entre grupos feministas e de cientistas e religiosos.
Religiosos fazem manifestação em frente ao STF, pedindo que os ministros rejeitem a descriminalização do aborto em caso de feto anencéfalo. Foto: Agência Brasil
Setores religiosos, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), defendem que o direito à vida deve ser respeitado independente do tempo de vida do bebê. Juristas que autorizam a interrupção de gestações desse tipo há mais de 20 anos alegam que a vida termina com a morte cerebral. Os anencéfalos nunca chegam a ter vida cerebral.
Para os contrários ao aborto de anencéfalos, a decisão do STF é de grande importância porque, caso seja favorável à descriminalização, pode abrir precedentes para todos os tipos de aborto. De acordo com uma pesquisa do instituto Datafolha, em 2004 havia 67% de paulistanos favoráveis a interromper a gravidez de bebês com anencefalia.
Foi um dos mais importantes julgamentos do ano e foi acompanhado por favoráveis, contrários e curiosos. Havia pessoas do lado de fora do prédio e algumas conseguiram entrar para acompanhar a decisão do plenário do STF. Um forte esquema de segurança foi organizado para evitar confrontos.


Com infomações de Carta Capital

Errata: Câmara não aprovou aumento de 23,38%

"Barriga" foi publicada pelo Jornal A Notícia no dia 30 de março

Mariano não votou pelo aumento dos vereadores
Ao contrário do que foi publicado no jornal A Notícia no dia 30 de março, a Câmara de Vereadores de Joinville não aprovou um aumento de 23,38% sobre os salários dos vereadores da cidade. Apesar do erro do maior jornal da cidade, nem a Câmara, nem os vereadores se pronunciaram sobre o caso para desmentir a informação durante vários dias. 

Dando repercussão às notícias, O Blog do Camasão publicou o post Aumento de salários dos parlamentares de Joinville trará custos de pelo menos meio milhão de reais por ano, onde afirmamos que até mesmo Adilson Mariano (PT) havia votado favoravelmente ao projeto. A informação só foi publicada após confirmação com funcionária do gabinete do vereador. 

Apenas hoje, 15 dias depois, o A Notícia publicou um pequeno texto, onde afirma que a mesa diretora da Câmara apresentou proposta de manter os atuais salários dos vereadores. A matéria não desmente as informações equivocadas publicadas a 15 dias e tampouco admite que o jornal errou.

sábado, 7 de abril de 2012

Ivan Valente: projeto garante transparência nos reajustes de tarifas do transporte público

Ivan_Valente_GreveBAO deputado Ivan Valente (PSOL-SP) protocolou na última semana, na Câmara dos Deputados, um Projeto de Lei que visa dar mais transparência aos reajustes de tarifas do transporte público coletivo em nível nacional. A proposta modifica a Lei nº 12.587 de 2012, que instituiu as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, e partiu da constatação de que, sem uma norma nacional que formalize a aplicação do princípio da transparência, grande parte dos municípios acaba ignorando a obrigação de dar publicidade a dados e informações que instruem análises de revisão tarifária.

A Política Nacional de Mobilidade Urbana fixou, em seu art. 8º, que a política tarifária do serviço de transporte público coletivo deve se pautar, entre outras diretrizes, pela transparência da estrutura tarifária e pela publicidade do processo de revisão das tarifas. Trata-se, enfim, da materialização do comando constitucional – art. 21, inciso XX – que atribui à União a tarefa de instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive transportes urbanos.

Para Valente, “não há, nas hipóteses de reajuste ou de revisão ordinária da tarifa, nenhuma determinação explícita na Lei para que se dê conhecimento ao público dos elementos de que se vale a administração para analisar a matéria”. O deputado considera uma ameaça ao exercício do direito, garantido aos usuários do serviço público de transporte coletivo, de saber dos fundamentos sobre os quais se dá a elevação tarifária.

A questão da transparência dos reajustes, no entanto, não foi devidamente regulamentada na nova Lei. Em São Paulo, por exemplo, os reajustes no sistema de ônibus promovidos pelo prefeito Gilberto Kassab têm atingido valores acima da inflação, enquanto os subsídios às empresas crescem cada vez mais. Por outro lado, os cidadãos paulistanos têm sentido uma queda sensível na qualidade dos serviços oferecidos, como no caso das frequentes panes em trens e metrô.

“Como tantas vezes já se viu, a falta de transparência nos processos que cuidam de majoração de tarifa termina por despertar enorme desconfiança nos usuários acerca da lisura e da correção técnica da atuação do poder público”, afirma Valente. “Esperemos que nosso projeto seja aprovado para que a população tenha garantido seu direito à informação e para que haja elementos para o exercício da fiscalização da atuação do poder público neste setor”, acrescentou.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Aumento de salários dos parlamentares de Joinville trará custos de pelo menos meio milhão de reais por ano

Votação foi unânime e contou com o apoio até mesmo do opositor Adilson Mariano (PT)

Os vereadores de Joinville aprovaram, por unanimidade, o aumento nos próprios salários, na ordem de 23,38%, no dia 29 de abril. Com o reajuste, cada parlamentar receberá mais R$ 2.200 reais mensais, aumentando os gastos públicos em pelo menos meio milhão de reais por ano. 

Os vereadores que antes recebiam R$ 9.300 reais passarão a ter salários de R$ 11.500 reais, o equivalente a mais de 18 salários mínimos. A renda média do trabalhador joinvilense é de apenas 1,76 salário mínimo (R$ 1.098 reais). 

Na hora da votação, diversos vereadores deixaram o plenário para não passarem pelo "constrangimento"  de votar a favor do aumento de seu próprio salário. Não estavam presentes na hora da votação os vereadores Patrício Destro (PSD), Tânia Eberhardt (PMDB), Osmari Fritz (PMDB), Odir Nunes (PSD), Roberto Bisoni (PSDB) e Manoel Bento (PT). 

Todos os outros vereadores votaram a favor do aumento, inclusive o vereador Adilson Mariano (PT), que costuma votar favoravelmente às causas do povo. Mariano justificou a votação a favor do projeto porque ele repassa "apenas"  os reajustes dados aos servidores municipais nos últimos quatro anos. 

Não votar é o mesmo que votar a favor

Para o presidente do PSOL Joinville, Leonel Camasão, os vereadores que não apareceram para votar o projeto se omitiram em opinar sobre tão relevante assunto. "Quem não se posiciona fortalece o voto no aumento dos vereadores. Nesse caso, não ir votar é a mesma coisa que votar a favor", acredita. 

VOTARAM A FAVOR*

Adilson Mariano (PT)
Alodir Cristo (DEM)
Dalila Rosa Leal (PSL)
João Rinaldi (PT)
Joaquim dos Santos (PSDB)
Juarez Pereira (PPS)
Jucélio Girardi (PMDB)
Lauro Kalfels (PSDB)
Belini Meurer (PT)
Maurício Peixer (PSDB)
José Cardozo (PPS)
Zilnete Nunes (PSD)

NÃO COMPARECERAM
Patrício Destro (PSD)
Tânia Eberhardt (PMDB)
Osmari Fritz (PMDB)
Odir Nunes (PSD)
Roberto Bisoni (PSDB)
Manoel Bento (PT)

*James Schroeder (PDT) não votou pois no momento, substituía Odir Nunes na presidência da Câmara

Fonte: PSOL Joinville