Hoje, depois de ler o Blog do Leonel Camasão, sobre o
Excelentíssimo Sr. Marco Tebaldi e a possibilidade de ele não poder concorrer
as eleições desse ano, me veio a memória outros dois prefeituraveis, Kennedy
Nunes, e Udo Döhler.
Sobre o Kennedy, me pergunto se os seus eleitores sabem
de todos os benefícios que tem um deputado estadual. Como por exemplo, auxilio
viajem. Nada mais justo, o trabalhador viaja pelo estado, por isso precisa de
hospedagem, alimentação, combustível, todas essas coisas básicas para se
deslocar e conhecer as verdadeiras necessidades do povo que o elegeu.
Aí vem o problema. Por que nosso deputado precisa de
diárias para ficar em casa? Pois é, Joinville, domicilio eleitoral do Kennedy
Nunes, onde fica sua residência, e ele precisa de R$ 670,00 de diária para
ficar hospedado. Façamos um cálculo rápido: Um ano tem 365 dias, descontando os
48 finais de semana, temos 269. O candidato é eleito para um mandato de quatro
anos, o que dá um total de 1076 dias. Supondo que o deputado venha em média 4
vezes ao mês, ou uma vez por semana para Joinville, ao fim dos 4 anos ele terá
estado em seu município 192 dias, o que, obviamente, é um cálculo raso, ou
seja, se partirmos dessa conta baixa, o deputado terá recebido por volta de
R$128.640,00 para dormir em sua casa. Enquanto isso os professores da rede
estadual de Santa Catarina precisam passar meses em greve lutando por um
salário de R$1.597,87 o que no final de 4 anos somaria R$76.697,76. Resumindo,
o deputado ganha R$128.640,00 para dormir em sua casa uma vez por semana e o
professor faz greve para ganhar R$76.697,76 enquanto trabalha 40 horas
semanais. Detalhe, o deputado pode se abster do pagamento. Para completar, o
prefeituravel foi um dos deputados que votou a favor da PLC 026/2011 que acaba
com o Pleno de carreira dos professores do estado.
Tirado do blog: "Tudo o que morre fica vivo na lembrança", do professor de história Eliton Felipe de Souza.
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