domingo, 26 de janeiro de 2014

Nota de repúdio contra ameaça de morte a Sandovan! Contra a criminalização dos movimentos sociais


O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) vem a público repudiar a ameaça de morte feita pelo capitão da Polícia Militar, Marcelo Venera, ao militante do PSOL Sandovan Vivan Eichenberger, na noite do último dia 22 de janeiro. 

A ameaça, registrada em vídeo que circula pelas redes sociais, ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, por volta das 21h30. Sandovan e outros dois integrantes da Frente de Luta Pelo Transporte Público foram presos de forma arbitrária, sob a acusação de “obstrução”, tendo sido inclusive agredidos. Todos já foram liberados e fizeram exames de corpo de delito. 

As prisões ocorreram após o termino de uma passeata que reivindicava a revogação do aumento das tarifas de ônibus de R$ 2,80 para R$ 3 e de R$ 3,20 para R$ 3,40 (embarcada). O Comando da Polícia Militar mobilizou um contingente bastante considerável - seis viaturas, duas motocicletas e cerca de 20 policiais - apenas para impedir a passagem de único ônibus, no qual se encontrava uma estudante que participou da manifestação e carregava sua bicicleta dentro do veículo. Minutos antes, a mesma PM e os fiscais do terminal de ônibus central haviam liberado a saída do ônibus e da estudante levando a bicicleta em um ônibus praticamente vazio. 

Enquanto a PM tentava forçar a estudante a deixar o ônibus, os três membros da Frente buscavam negociar com a PM para que o veículo fosse liberado. Nesse momento, Capitão Venera abraça o militante do PSOL e susurra algo em seu ouvido. Na mesma hora, Sandovan, espantado, repete o que o Capitão lhe sussurrou. “Você me ama, mas você me mata, capitão?!!” Venera tenta inverter a situação, afirma que Sandovan o está ameaçando de morte e efetua a prisão. 

Fica evidente que prisões foram selecionadas e programadas, e não dependeram de qualquer ação ou reação dos manifestantes. O uso de forte armamento, viaturas, cavalaria e até helicóptero para “garantir a segurança” de uma manifestação com cerca de 200 pessoas denunciam a predisposição do comando da PM em criar uma situação de conflito, prisões e criminalização dos movimentos sociais. 

Neste sentido, o PSOL se solidariza com os militantes presos e com o movimento, repudiando a ação do comando da Polícia Militar e do Capitão Marcelo Venera. Reivindicação popular não é crime!

Junto à Frente de Luta Pelo Transporte e ao Centro de Direitos Humanos de Joinville, faremos uma relação com os vídeos, fotos, imagens, documentos e boletins de ocorrência, para que as medidas cabíveis sejam tomadas contra os responsáveis. 

O PSOL se posiciona também pela imediata revogação do aumento das tarifas e pela democratização do acesso ao transporte coletivo em nossa cidade, assim como pela desmilitarização das polícias. 

Joinville, 24 de janeiro de 2013
Executiva Municipal
Partido Socialismo e Liberdade

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