quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

PSOL Joinville se reune e define políticas para 2014

O PSOL Joinville realizou, no último sábado, uma reunião de planejamento para 2014. O encontro reuniu a direção municipal para debater a organização interna do partido, formação política, Eleições 2014 e a intervenção nos movimentos sociais. 

Uma das prioridades organizativas do partido em 2014 será a inauguração de uma sede na cidade, prevista para março. O espaço será destinado para reuniões, encontros e também para se tornar ponto de referência do PSOL em Joinville.

Na formação política, O PSOL pretende iniciar um curso de Teoria Política e Marxismo, voltado para filiados e público em geral. Além disso, debates sobre violência contra as mulheres, desmilitarização das polícias, Tarifa Zero e sobre os 50 anos do golpe militar no país também estão programados. 

Sobre as eleições, o partido reafirmou duas pré-candidaturas proporcionais. O ex-candidato à prefeitura de Joinville Leonel Camasão deverá concorrer a deputado estadual. Já o presidente municipal do PSOL, Ivan Rocha, é pré-candidato à Câmara dos Deputados. O partido segue discutindo se novos nomes vão compor as chapas do partido nas eleições de outubro.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Em Joinville temos presos políticos

POR FELIPE SILVEIRA*
Postado originalmente no blog Chuva Ácida

Em Joinville temos presos políticos e oficiais da pm que nunca saíram da ditadura, da sua confortável posição na ditadura. Os acontecimentos da noite de quarta-feira (22) são a prova disso. Após a manifestação contra o aumento da tarifa de transporte público (aumento dado pelo prefeito Udo Döhler na virada do ano), três manifestantes foram presos e levados para a delegacia de polícia, onde foram liberados, já que o motivo da prisão foi absurdo.

O helicóptero da pm torrando o dinheiro do contribuinte e tentando botar medo nos cerca de 150 manifestantes.Passaram longe de conseguir algo parecido e arrancaram risadas quando tiveram que ir embora.

O motivo da prisão é claríssimo: repressão aos movimentos sociais. Não foi à toa que os três detidos tenham sido alguns dos militantes mais ativos dessa luta em Joinville. E aqui cabe frisar que não há líderes no movimento, como muitos que não sabem o que falam gostam de dizer. Portanto, não adianta querer acabar com o movimento dessa maneira suja.

Vamos aos fatos. Após a manifestação, na qual foram jogados ovos e tomates podres na prefeitura e na passebus, os manifestantes foram para o terminal, onde pularam as catracas e foram embora com a tarifa zero. Num desses ônibus, foi permitido o transporte de uma bicicleta. Num primeiro momento a polícia tentou impedir, mas diante da pressão popular e da liberação do fiscal no terminal, o transporte foi liberado.

Aí veio a sacanagem. Várias viaturas pararam o ônibus na altura da lanchonete Adriano Lanches (que está sempre lotada, e, portanto, para aparecer). Alguns policiais entraram e mandaram a menina da bicicleta descer. Nesse momento, alguns manifestantes tentaram dissuadir os policiais da ideia, já que a bicicleta havia sido liberada pela própria polícia no terminal.

Importante: Todo mundo que é envolvido com movimento social sabe que não seria seguro deixar uma manifestante identificada ir embora sozinha daquele ponto. Quem sabe das histórias de perseguição ao movimento social jamais permitiria essa situação.

Determinada a fazer bobagem, a polícia arranca um manifestante que fazia parte da conversa e o algema violentamente. Não por acaso foi pego um manifestante que já é conhecido dos policiais, assim como os outros dois, que foram ameaçados de prisão na primeira manifestação do ano. Nada me convence de que a polícia não estava determinada a levar aqueles cidadãos.


“Eu te amo, mas, aqui, eu te mato”

A cena que vocês vão ver abaixo é uma das mais patéticas que já vi, digna de um framboesa de ouro (o prêmio para os piores do cinema). Como vocês podem ver, um oficial da pm abraça um manifestante e cochicha algo em seu ouvido. Em seguida é entregue pelo manifestante, que acabará de ter seu dedo quase quebrado na atuação policial. “Você me ama mas você me mata, capitão?”, questionou, entregando a ameaça do oficial, que em seguida se vira e finge ter sido ameaçado.

A cena seria cômica se não fosse trágica, se não revelasse o pensamento e a forma de agir da polícia, que, pelo visto, imagina ainda estar sob o regime militar, longe de uma democracia.

Todos temos que nos juntar para combater esse tipo de ação policial, que, como eu já denunciei aqui neste espaço, faz muito pior nas periferias. E lembre-se, a polícia não tem nada de despreparada. Ela é muito bem preparada pra isso: ser truculenta com negros, pobres e movimentos sociais, como você pode ver no vídeo abaixo.

Felipe Silveira é jornalista, escreve para o portal Chuva Ácida e é militante do PSOL Joinville.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Nota de repúdio contra ameaça de morte a Sandovan! Contra a criminalização dos movimentos sociais


O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) vem a público repudiar a ameaça de morte feita pelo capitão da Polícia Militar, Marcelo Venera, ao militante do PSOL Sandovan Vivan Eichenberger, na noite do último dia 22 de janeiro. 

A ameaça, registrada em vídeo que circula pelas redes sociais, ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, por volta das 21h30. Sandovan e outros dois integrantes da Frente de Luta Pelo Transporte Público foram presos de forma arbitrária, sob a acusação de “obstrução”, tendo sido inclusive agredidos. Todos já foram liberados e fizeram exames de corpo de delito. 

As prisões ocorreram após o termino de uma passeata que reivindicava a revogação do aumento das tarifas de ônibus de R$ 2,80 para R$ 3 e de R$ 3,20 para R$ 3,40 (embarcada). O Comando da Polícia Militar mobilizou um contingente bastante considerável - seis viaturas, duas motocicletas e cerca de 20 policiais - apenas para impedir a passagem de único ônibus, no qual se encontrava uma estudante que participou da manifestação e carregava sua bicicleta dentro do veículo. Minutos antes, a mesma PM e os fiscais do terminal de ônibus central haviam liberado a saída do ônibus e da estudante levando a bicicleta em um ônibus praticamente vazio. 

Enquanto a PM tentava forçar a estudante a deixar o ônibus, os três membros da Frente buscavam negociar com a PM para que o veículo fosse liberado. Nesse momento, Capitão Venera abraça o militante do PSOL e susurra algo em seu ouvido. Na mesma hora, Sandovan, espantado, repete o que o Capitão lhe sussurrou. “Você me ama, mas você me mata, capitão?!!” Venera tenta inverter a situação, afirma que Sandovan o está ameaçando de morte e efetua a prisão. 

Fica evidente que prisões foram selecionadas e programadas, e não dependeram de qualquer ação ou reação dos manifestantes. O uso de forte armamento, viaturas, cavalaria e até helicóptero para “garantir a segurança” de uma manifestação com cerca de 200 pessoas denunciam a predisposição do comando da PM em criar uma situação de conflito, prisões e criminalização dos movimentos sociais. 

Neste sentido, o PSOL se solidariza com os militantes presos e com o movimento, repudiando a ação do comando da Polícia Militar e do Capitão Marcelo Venera. Reivindicação popular não é crime!

Junto à Frente de Luta Pelo Transporte e ao Centro de Direitos Humanos de Joinville, faremos uma relação com os vídeos, fotos, imagens, documentos e boletins de ocorrência, para que as medidas cabíveis sejam tomadas contra os responsáveis. 

O PSOL se posiciona também pela imediata revogação do aumento das tarifas e pela democratização do acesso ao transporte coletivo em nossa cidade, assim como pela desmilitarização das polícias. 

Joinville, 24 de janeiro de 2013
Executiva Municipal
Partido Socialismo e Liberdade