A pedido da comissão de apoio ao Juquiá, o secretário de Habitação Alsione de Oliveira visitou a comunidade nesse domingo (28/03) pela manhã com o objetivo de esclarecer algumas pendências dos moradores. O evento reuniu cerca de 50 pessoas na igreja do Centro de Integração Social “Um Novo Dia”.
Sobre a urbanização do bairro Ulysses Guimarães, o secretário disse que devido ao fato do atual projeto da Caixa Econômica exigir uma contrapartida da prefeitura – que teria de asfaltar as ruas do bairro – para então ser implementada a drenagem, as obras não começaram. O secretário disse que o projeto seria modificado, exigindo uma contrapartida menor (asfalto e drenagem de apenas duas ruas, Dilson Funaro e Paulo Reinert) e as obras começariam em cerca de 60 dias (esgoto sanitário e ensaibramento das ruas não contempladas com pavimentação). Não há prazo, pois a nova licitação não contempla, para inicio das obras de drenagem e pavimentação.das demais ruas. O secretário visitou o Juquiá em Setembro do ano passado e prometeu que as obras começariam em 60 dias, mas até agora nada foi feito.
Alsione ainda disse que dos cerca de 1900 contratos fechados através do programa “Minha Casa, Minha Vida”, apenas 780 eram dedicados às famílias com faixas salariais de 0 a 3 salários (imóveis no valor de 42 mil reais). A prefeitura estava tentando ampliar esse número por meio da doação de terrenos, com vistas a baratear os custos da produção de moradias e atrair empreiteiros. O prazo de entrega das primeiras casas é entre um ano e um ano e seis meses.
Os moradores fizeram várias intervenções, destacando as péssimas condições do bairro. Eles ressaltaram a falta de saneamento, a lama permanente nas ruas, as cheias das marés, que ainda atingem algumas casas, e a necessidade de regularização das moradias. A simplicidade de expressão dos moradores não foi obstáculo para que exprimissem a sua insatisfação política. O saldo da reunião foi, por um lado, positivo, por mostrar a união que liga os moradores, que permanecem em alerta pelo cumprimento de seus direitos. Mas também negativo, porque foram refeitas propostas antigas, apenas com novos prazos, sem nenhuma solução imediata para pessoas que ainda vivem em condições subumanas.
A Associação de Moradores do Adhemar Garcia foi representada pelo presidente, Moacir Nazário, e a militância do PSOL, pelos militantes Kleber, Hernandez e Marcos Alves.